• Autismo

    É uma patologia que vem aparecendo cada vez mais em nossas clínicas. O número de autistas no mundo aumentou significativamente nos últimos tempos. Ainda não se sabe o que provoca tal distúrbio.

    Por muito tempo se falou na relação da quantidade de metais pesados que compõem as vacinas infantis, em especial o mercúrio. Algumas pesquisas foram feitas, mas até hoje não houve nenhuma que comprovasse 100% essa relação.

    Conforme reportagem de O Globo, (Autismo começa bem antes do nascimento), pesquisas recentes correlacionam a idade tardia do pai como uma predisposição ao aparecimento da doença em crianças expostas a essas situações.
    Não apenas pais e familiares demoram a perceber sinais patológicos nas crianças autistas, mas também profissionais de diversas áreas que lidam com elas. Em avaliações, ouvimos de pais e responsáveis que tudo parecia ir muito bem no desenvolvimento da criança e que, quando algo parecia estar estranho, muitos acreditavam que tais comportamentos se remetiam a comportamentos de familiares das crianças; que elas eram mais quietas, introvertidas, tímidas e até mesmo que tinham preguiça de falar.

    O fato é que as coisas não são bem assim. Profissionais, como médicos e fonoaudiólogos, que são especialistas em linguagem e com um amplo conhecimento do neurodesenvolvimento, já podem identificar sinais importantes desde os primeiros meses de vida de um bebê.

    É muito importante observar o contato visual, a interação do bebê com outras pessoas, especialmente pais e familiares, que, aos poucos, vão se tornando bem conhecidos pela criança. Cada resposta ao seu tempo, mas é indispensável perceber se há troca de gestos faciais (como sorrisos), se os bebês pedem (através de choros) e se alegram com a presença da mãe no mesmo ambiente em que ele está. É importante atentar-se para o desenvolvimento da fala e da linguagem, além do desenvolvimento motor, inclusive em movimentos que não deveriam estar presentes (como a estereotipia).

    O grau patológico dos indivíduos também varia bastante. Há autistas com um prognóstico bem mais complicado; a fala é praticamente inexistente, a possibilidade de aprendizagem escolar é bem pequena e o convívio social dificultado pela presença de agressões. Outros tantos apresentam uma inteligência fora de série, além de habilidades artísticas fantásticas, muitos são também verdadeiros gênios.

    O que nos alegra e enche de esperança é saber que independentemente do grau patológico, é possível reverter e/ou amenizar esse quadro. Quanto mais cedo o processo de reabilitação se iniciar, melhor será o prognóstico. Os resultados são fascinantes e emocionantes, havendo casos em que psiquiatras que trabalharam multidisciplinarmente conosco atestaram que os sinais patológicos do autismo não mais estavam presentes em determinadas crianças.

  • Espectro Autista Nível I

    Até o ano de 2021, a nomenclatura de Síndrome de Asperger estava vigente. A partir de janeiro de 2022, passou a ser nomeada de Espectro Autista Nível I. É um transtorno que afeta, principalmente, a capacidade de comunicação e de socialização de um indivíduo. É considerada um tipo de autismo mais ameno. As características apresentadas por pacientes nessa condição são as mesmas do autismo clássico, porém em uma intensidade menor.
    Características comumente presentes: dificuldades na comunicação: fala ecolálica, monótona, dificuldade em entender gestos e expressões faciais; dificuldades nas relações sociais; movimentos repetitivos (estereotipias) alterações sensoriais: incômodo com: sons altos, etiquetas de roupas, toque, luz, odor; seletividade alimentar preferência em isolar-se, em detrimento da convivência em grupos; alteração de sono: sono intermitente, ocorrência de terror noturno; Dificuldade em manter o contato visual.
    Os sinais começam a aparecer antes dos 2 anos de idade. As causas são desconhecidas, porém há hipótese de condição hereditária e fatores ambientais
    Não existe um tratamento único, sendo frequentes as intervenções: fonoaudiológica, psicológica e de terapia ocupacional Objetivos principais: melhorar a comunicação, as interações sociais, o contato visual, as questões sensoriais, as estereotipias e a coordenação motora como um todo.
    Não há cura para esse transtorno, porém os tratamentos, quando realizados exclusivamente de forma presencial, amenizam as alterações apresentadas por esses indivíduos. O trabalho com a intervenção fonoaudiológica pelo Método Padovan permitirá adequação de fala e linguagem, para além de todos os aspectos elencados acima.

  • Síndrome de Down

    No atendimento fonoaudiológico de pacientes com Síndrome de Down,
    nos deparamos com questões que essas crianças/adultos apresentam e que podem ser trabalhadas, trazendo um prognóstico muito positivo. Como o nosso trabalho visa a estimulação do Sistema Nervoso Central, as evoluções desses pacientes vão além das questões de fala e linguagem, como: melhora no tônus muscular como um todo (postura, marcha, especialmente dos músculos da face (língua); dos músculos que participam da fala e das funções de respiração, sucção, mastigação e deglutição.

    No link abaixo, escrevo mais sobre o atendimento fonoaudiológico de pacientes com Síndrome de Down baseados no Método Padovan.

    Síndrome de Down e o Método Padovan

    Fga. Fabiana Conde Klann

  • Síndrome de West

    A Síndrome de West é um conjunto de alterações caracterizadas por um aumento do tônus muscular e reflexos musculares em excesso, que se apresenta na infância.

    Características: 1) contrações musculares, que podem ser consideradas como uma forma de convulsão infantil; 2) atraso global no desenvolvimento; 3) retardo mental; 4) hipotonia geral; 5) complicações nas funções orais e faciais: respiração, sucção, mastigação, deglutição e, por conseqüência, a fala.

    Os primeiros sintomas aparecem, geralmente, no primeiro semestre de vida e são mais freqüentes no sexo masculino.

  • Síndrome do X-Frágil

    É uma alteração genética e hereditária, ligada ao cromossomo X; responsável por um número elevado de diagnósticos de déficit intelectual, da atenção e alterações no comportamento.

    É mais comum em meninos, com uma prevalência de 1 em cada 2 mil meninos e uma a
    cada 4 mil meninas. Em geral, os meninos apresentam quadros mais graves do que as
    meninas.

    Depois da Síndrome de Down, a Síndrome do X-Frágil é a síndrome genética que mais
    está presente em diagnósticos infantis.

    Causas:

    - Mutação no gene FRM1, o que faz com que esse gene deixe de codificar, em níveis
    adequados, a proteína FMRP, que é muito importante para o desenvolvimento das
    conexões entre os neurônios e a maturação das sinapses nervosas.

    - A desordem está ligada ao cromossomo X.

    Sintomas:

    - Muitos portadores dessa Síndrome não apresentam sintomas.
    - Quando sintomáticos, os pacientes apresentam variação de intensidade dos
    sintomas. Os sintomas podem ser físicos, neurológicos e cognitivos.
    - Sintomas mais comuns: distúrbio do comportamento; atraso no desenvolvimento
    intelectual (de leve = dificuldade de aprendizagem e alteração de fala, a um atraso
    mental grave).

    - Características físicas: macrocefalia, hipotonia, face alongada, orelhas grandes e em abano, mandíbula proeminente, palato alto estreitado, estrabismo, miopia, prolapso da válvula mitral, otites médias recorrentes e crises convulsivas.
    - Hiperatividade, déficit de atenção, ansiedade, irritabilidade, explosões emocionais, timidez excessiva.

    - Meninos podem apresentar traços que remetem ao Espectro Autista: dificuldades nas relações sociais e de manter o contato visual.

    - Meninas podem desenvolver problemas emocionais, podendo chegar a um quadro
    de depressão na vida adulta.

    - Em idades mais avançadas, há o risco de alterações na coordenação motora e
    tremores para os homens e problemas de fertilidade e menopausa precoce para as
    mulheres.

    Diagnóstico:

    - O diagnóstico é definido em pessoas que apresentam mutação completa do gene
    FRM1, através da análise do DNA. Exames complementares: PCR e de repetição do CGG.

    - A avaliação clínica é baseada em sinais e sintomas e somente complementa o diagnóstico.

    - Pode ser realizado antes do nascimento, durante o primeiro trimestre da gestação.

    Prevenção:

    - Em casos de histórico familiar da Síndrome, casos de deficiência mental de causa
    desconhecida na família, a orientação é de que os exames sejam realizados e, frente
    ao resultado, que seja feito o aconselhamento genético e planejamento familiar.

    Tratamento:

    O tratamento para pacientes que apresentam a Síndrome, pode envolver uma equipe
    multidisciplinar: fonoaudiólogo, pediatra, neurologista, psiquiatra, pedagogo,
    terapeuta ocupacional, psicólogo, fisioterapeuta, juntamente com o apoio e
    orientação familiar.

    Não há cura para a Síndrome. Existem alguns medicamentos específicos que minimizam os sintomas.

    O objetivo é promover o máximo possível do desenvolvimento de cada paciente, permitindo o aumento de suas potencialidades, bem como a sua inclusão na sociedade.

    É importante ressaltar que, quanto mais cedo o diagnóstico for realizado, bem como o início do tratamento, melhor será o prognóstico de cada paciente.

    O trabalho fonoaudiológico presencial com o Método Padovan, vai proporcionar uma
    melhor conexão sináptica entre os neurônios e, assim, melhora:

    Na fala e na linguagem,
    Na musculatura global,
    Na marcha e equilíbrio,
    No contato visual,
    Na atenção,
    Nas interações sociais.

  • Mal de Parkinson

    O Mal de Parkinson é uma doença degenerativa (que piora ao longo do tempo), e que ocorre por haver a morte de células do cérebro, mais especificamente de uma área chamada Substância Negra, responsável pelos movimentos do nosso corpo.
    O sintoma físico que mais chama a atenção nessa patologia é o fato, justamente, do paciente apresentar dificuldades em suas atividades motoras, especialmente no andar. Há grande dificuldade inclusive em iniciar a marcha e mesmo havendo a vontade de fazer, o paciente não consegue iniciar a ação. Em alguns casos, há a presença, também, de tremores que se intensificam com o avançar da doença. AS funções orais também são afetadas, especialmente a deglutição e a fala. Isso ocorre, pois a musculatura responsável por essas ações também são afetadas. O paciente também pode apresentar:

    - Voz muito baixa, atrapalhando muito a comunicação;
    - Alterações respiratórias;
    - Dificuldades para deglutir (Disfagia);
    - Escape excessivo de saliva pelos cantos da boca (Sialorréia);
    - Alterações motoras globais;
    - Dificuldades em realizar atividades com as mãos;
    - Dificuldades para escrever, por não conseguir ter o controle de pinça para segurar o lápis ou a caneta;
    - Alterações do equilíbrio;
    - Dificuldades para dormir;
    - Dificuldades para dirigir por conta dos movimentos ficarem mais lentos e diminuição de reflexos.

    Essa patologia não tem cura, no entanto o tratamento fonoaudiológico baseado no Método Padovan nos permite alcançar inúmeras melhoras. Por meio dessa terapêutica nós podemos melhorar consideravelmente as funções alteradas e promover a lentificação do avanço dos sintomas, melhorando a qualidade de vida do paciente.

  • Mal de Alzheimer

    No Brasil há cerca de 1,2 milhão de pessoas diagnosticadas com a Doença de Alzheimer.
    A doença, descrita pela primeira vez em 1906 pelo psiquiatra alemão Aloysius Alzheimer (1864-1915), se apresenta como demência ou perda de funções cognitivas (memória, orientação, atenção e linguagem), causada pela morte de células cerebrais. Quando diagnosticada no início, é possível retardar o seu avanço e ter mais controle sobre os sintomas, garantindo melhor qualidade de vida ao paciente e à família. É caracterizada pela piora progressiva dos sintomas, entretanto, muitos pacientes podem apresentar períodos de maior estabilidade. A evolução dos sintomas da Doença de Alzheimer pode ser dividida em três fases: leve, moderada e grave.
    Na fase leve, podem ocorrer alterações como perda de memória recente, dificuldade para encontrar palavras, desorientação no tempo e no espaço, dificuldade para tomar decisões, perda de iniciativa e de motivação, sinais de depressão, agressividade, diminuição do interesse por atividades e passatempos.
    Na fase moderada, são comuns dificuldades mais evidentes com atividades do dia a dia, com prejuízo de memória, como esquecimento de fatos importantes e de nomes de pessoas próximas; incapacidade de viver sozinho, incapacidade de cozinhar e de cuidar da casa, de fazer compras; dependência importante de outras pessoas, necessidade de ajuda com a higiene pessoal e autocuidados; maior dificuldade para falar e se expressar com clareza; alterações de comportamento (agressividade, irritabilidade, inquietação); ideias sem sentido (desconfiança, ciúmes) e alucinações (ver pessoas, ouvir vozes de pessoas que não estão presentes).
    Na fase grave, observa-se prejuízo gravíssimo da memória, com incapacidade de registro de dados e muita dificuldade na recuperação de informações antigas como, reconhecimento de parentes, amigos, locais conhecidos; dificuldade para alimentar-se associada a prejuízos na deglutição; dificuldade de entender o que se passa a sua volta; dificuldade de orientar-se dentro de casa. Pode haver incontinência urinária e fecal e intensificação de comportamento inadequado. Há tendência de prejuízo motor, que interfere na capacidade de locomoção, sendo necessário auxílio para caminhar. Posteriormente, o paciente pode necessitar de cadeira de rodas ou ficar acamado.
    Obs.: essa divisão em fases tem caráter meramente didático e, muitas vezes, sintomas classificados em diferentes fases se mesclam em um mesmo período.
    Tratamento:
    As pesquisas têm progredido na compreensão dos mecanismos que causam a doença e no desenvolvimento de drogas para o seu tratamento, cujos objetivos são aliviar os sintomas existentes, estabilizando-os ou, ao menos, permitindo que boa parte dos pacientes tenha uma progressão mais lenta da doença, conseguindo manter-se independentes nas atividades da vida diária por mais tempo. Um outro objetivo importante é melhorar a qualidade de vida do paciente. Os avanços da medicina têm permitido que os pacientes tenham uma sobrevida maior e uma qualidade de vida melhor, mesmo na fase grave da doença, porém, não existe cura para a Doença de Alzheimer.
    A cada etapa da doença, profissionais especializados podem ser indicados para minimizar problemas e orientar a família, com o objetivo de favorecer a superação de perdas e enfrentar o processo de adoecimento, mantendo a qualidade de contato e relacionamento. Muitos são os profissionais que cuidam de pessoas com Doença de Alzheimer. Além de médicos (geralmente neurologistas, geriatras, psiquiatras ou clínicos gerais), há atuação de outros profissionais de saúde: psicólogos, enfermeiros, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, nutricionistas, educadores, educadores físicos, assistentes sociais e dentistas.
    O Método Padovan também contribui, e muito, no trabalho de estimulação Neurofuncional, promovendo uma melhor integração sináptica, através da recapitulação das fases do desenvolvimento, proporcionando ao paciente, a melhora nos comandos motores globais e finos, marcha, equilíbrio, bem como os das Funções Reflexo-vegetativas-orais: respiração, sucção, mastigação e deglutição; a fala e a linguagem. Além disso, o trabalho com a atenção, concentração e memória.

    Fontes:
    Alheimer’s Disease International – ADI
    Associação Brasileira de Alzheimer
    Federação Médica Brasileira

  • Complicações do Pós AVC

  • Alteração do Processamento Auditivo Central

  • Dislalia

    Dislalia é uma alteração de fala na qual o paciente apresenta dificuldades em articular determinados fonemas, comprometendo a pronúncia correta das palavras e, por consequência, a compreensão da fala por seu interlocutor.
    Pode haver troca, alteração ou omissão de fonemas e ou sílabas:

    Casa - Tasa
    Caracol - Calacol
    Prato – Pato

    Tais alterações podem ocorrer por:

    • Imitação ao ouvir a pronúncia incorreta do interlocutor
    • Por inadequação do grupo muscular e funções pré-linguísticas envolvidas no processo da fala (respiração, sucção, mastigação e deglutição)
    • Fala infantilizada
    • Inserção inadequada do frênulo lingual
    • Uso inadequado dos pontos de articulação
    • Alteração no traço de sonoridade
    ("f" e "v", "s" e "z", "p" e "b", "t" e "d"...)
    • Ocorrência de Otites Médias (inflamações de ouvido) de repetição ou outra alteraçõa auditiva
    • Alteração do Processamento Auditivo Central (PAC)

    Algumas trocas e omissões são comuns até os 4 anos de idade, como por exemplo a dificuldade em pronunciar os grupos consonantais: trator e flauta.
    A família deve ficar atenta à duração dessas alterações, pois as mesmas podem passar a ocorrer no processo da alfabetização e de aquisição da escrita e perdurar até a vida adulta.

    Objetivos Fonoaudiológicos / Método Padovan:

    • Sugerir Exame de Audiometria para verificar as funções auditivas.
    • Quando necessário, sugerir avaliação médica em relação ao frênulo lingual
    • Adequação fisiológica das funções pré-linguísticas
    • Correção do ponto de articulação dos fonemas produzidos de forma incorreta
    Instalação dos fonemas omitidos

  • Gagueira

    É um distúrbio que ocorre no processo neuromotor da fala. Podem ocorrer repetições de sons e sílabas ou paradas involuntárias durante a produção de fala, comprometendo a compreensão do diálogo com o interlocutor e, portanto, a comunicação verbal. Essa alteração está diretamente ligada com a função de Respiração, mais especificamente com o tempo em que expiramos o ar. Esse distúrbio afeta, principalmente, as crianças até os 6 anos de idade, sendo mais comum ocorrer em meninos.
    Entre 2 e 4 anos de idade pode ocorrer uma disfluência considerada fisiológica (que faz parte do processo de aquisição da fala). Se essa disfluência persistir em idades mais avançadas, passa a ser considerada como patológica.
    Pacientes que apresentam Gagueira, geralmente, têm boa fluência durante o canto ou ao declamar um poema. Isso acontece porque as letras das músicas e/ou as estrófes dos poemas já são conhecidas, bem como o ritmo/melodia das mesmas colaboram para que não ocorra a disfluência nesses momentos. Nesses casos, os atos respiratórios estão em maior sincronia. Assim, esses pacientes têm uma melhor fluência de fala e, geralmente, não gaguejam nessas ocasiões.
    O tratamento fonoaudiológico contribui significativamente em casos de pacientes gagos. As premissas para um bom prognóstico são: Iniciar o tratamento fonoaudiológico assim que a alteração for detectada; Realizar as sessões fonoaudiológicas de forma presencial exclusivamente;
    O trabalho com o Método Padovan, além de reestruturar e alinhar as Funções de Respiração, Sucção, Mastigação e Deglutição, que são consideradas Pré-Linguísticas, terá como foco de trabalho a estimulação diafragmática, da musculatura corporal como um todo, bem como a estimulação Neural de cada paciente.

  • Paralisia Cerebral

    A Paralisia cerebral é uma encefalopatia não progressiva, que ocorre durante ou logo após o parto do bebê.

    Decorre de:

    • Baixa/falta de oxigenação cerebral
    • Traumas no momento do parto
    • Uso de drogas e álcool durante a gestação
    • Infecções materna
    • Situações anormais do cordão umbilical ou da placenta
    • Pressão alta
    • Diabetes
    • Desnutrição,
    • Prematuridade
    • Problemas genéticos

    A paralisia cerebral varia de casos mais leves a casos muito graves e pode provocar alterações neurológicas irreversíveis, deixando sequelas motoras e cognitivas.

    Podem ocorrer:

    • Alterações nas funções de: respiração, sucção, mastigação e deglutição
    • Alterações de fala
    • Alterações no desenvolvimento neuro-motor
    • Alterações intelectuais
    • A presença de crises convulsivas

    Tipos de Paralisia Cerebral:

    As Paralisias Cerebrais podem ser classificadas conforme a alteração clínica mais evidente:

    • Espástica:
    Aumento de tônus muscular, que provoca dificulades no movimento.

    • Atáxica:
    Alteração do equilíbrio
    Alteração no desenvolvimento motor
    Incoordenação dos movimentos
    Alteração no refinamento dos movimentos voluntários
    Podem ocorrer alterações de fala e linguagem.

    • Extrapiramidal:
    Presença de movimentos atípicos e involuntários

    O tratamento fonoaudiológico pelo Método Padovan contribui sobremaneira com o prognóstico desses pacientes, melhorando: o funcionamento das funções de respiração, sucção, mastigação e deglutição nas, as alterações de fala e linguagem, o ajuste da coordenação motora, o equilíbrio, o tônus muscular (inclusive na espasticidade) e o refinamento dos movimentos.

  • Traumatismo Cranioencefálico

  • Disartria

  • Disfunção Temporomandibular

  • Distúrbio de voz/paralisia vocal pós Tireoidectomia Total e Esvaziamento Cervical

  • Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade

    O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é um distúrbio neurobiológico, com predisposição genética, que acomete, geralmente, crianças em idade escolar. A incidência é maior no gênero masculino.

    Como a própria definição designa, as dificuldades mais evidentes são: falta de atenção, hiperatividade e distúrbios do comportamento com impulsividade.

    Há uma grande dificuldade em manter o foco em atividades, tolerar/ esperar por algo, manter-se quieto em um mesmo lugar e ter senso crítico. Há uma baixa produtividade no desempenho escolar / trabalho e dificuldades em respeitar prioridades das tarefas do dia-a-dia. O desenvolvimento de fala é mais lento e pode haver alteração na articulação dos fonemas. A coordenação motora é inadequada e a noção temporoespacial é comprometida. Além disso, os detalhes, no geral, passam desapercebidos.

    Os sinais aparecem na infância e, geralmente, perduram por toda vida.

    Há classificações diferentes do TDAH, são elas:

    Predomínio da Hiperatividade: São inquietos, impacientes, impulsivos e falam muito. Na adolescência e na vida adulta há pouca ocorrência de hiperatividade.
    Tipo misto - Predomínio de desatenção: Dificuldade em: se concentrar, atender comandos simples, realizar atividades com organização, iniciar e finalizar uma tarefa.

    Características gerais:

    São mais distraídos
    Esquecem onde deixaram as coisas
    Esquecem o que estavam fazendo
    Não se atém à detalhes
    Erros são frequentes (prejuízo na aprendizagem e no desempenho do trabalho)

    Em relação à socialização:

    São mal tolerados pela família
    Excluídos de grupos
    Baixa estima

    As causas do TDAH podem ter diversas origens:

    Hereditárias/genéticas
    Neuroanatômicas
    Substâncias ingeridas pela mãe na gravidez
    Sofrimento fetal
    Intoxicação por metais pesados

    O diagnóstico é feito, clinicamente, por um médico pediatra, neurologista ou psiquiatra e o tratamento pode envolver profissionais de diversas áreas: fonoaudiólogo, psicólogo e, em algumas vezes opta-se por uma intervenção medicamentosa complementar.

    O trabalho com a abordagem fonoaudiológica, pelo Método Padovan, tem como objetivos e resultados:

    Coordenação motora adequada
    Melhora na atenção e concentração
    Compreensão e agilidade no atendimento a comandos simples
    Organização temporoespacial
    Tolerância a esperar por algo ou alguém
    Adequação na articulação e produção de fala e linguagem
    Organização na realização de atividades
    Boa produtividade e rendimento escolar/trabalho

  • Disfagia

  • Dislexia

    É um transtorno neurológico, específico de linguagem, que afeta a escrita, a fala e a leitura.
    Pacientes com diagnóstico de
    Dislexia, podem apresentar dificuldades em:

    • Aprender a ler e escrever com destreza e fluência.
    • Soletrar
    • Entender e decodificar o Memorizar a tabuada
    • Usar os códigos gráficos corretamente: omitem, trocam e invertem letras e ou sílabas na escrita
    • Atraso de fala e linguagem
    • Falar: omitindo, trocando e invertendo fonemas, tornando a fala difícil de ser entendida
    • Coordenação motora global e fina
    • Processo da escrita
    • Associar o grafema (letras que escrevemos) ao fonema (letras/sons que falamos)
    • Usar um vocabulário mais amplo
    • Compreender e usar rimas
    • Compreender e interpretar textos
    • Memorizar a tabuada
    • Usar os códigos gráficos corretamente: omitem, trocam e invertem letras e/ou sílabas na escrita
    • Atraso de fala e linguagem
    • Falar: omitindo, trocando e invertendo fonemas, tornando a fala difícil de ser entendida
    • Coordenação motora global e fina
    • Organização / Organização temporal e espacial
    • Concentração
    • Memória em geral
    • Nomear objetos, códigos e outros elementos
    • Produção textual (aquém do esperado)

    Os sintomas aparecem, geralmente, durante a fase de alfabetização.
    Para concluir o diagnóstico de Dislexia, é necessário descartar que o paciente tenha:

    • Déficit de atenção
    • Deficiência auditiva
    • Deficiência visual

    Não há cura para a Dislexia, porém o trabalho fonoaudiológico pelo Método Padovan, promove uma melhor qualidade de vida para os pacientes:

    • Leitura fluente e com compreensão do texto lido
    • Escrita com melhor estruturação e coerência
    • Vocabulário mais rico
    • Linguagem oral melhor articulada e mais inteligível
    • Entendimento e compreensão de textos
    • Memorização e entendimento da tabuada, bem como a compreensão dos processos que envolvem a matemática
    • Melhor concentração e memória
    • Organizar-se no tempo e no espaço
    • Coordenação motora grossa e fina adequadas para cada faixa etária

    O processo terapêutico da Dislexia geralmente é longo, porém com resultados positivos gradativos e consistentes.

    Vale a persistência!

  • Paralisia Cerebral / Encefalopatia Crônica Não Progressiva

  • Doença Senil

  • Agenesia do Corpo Caloso

    O Corpo Caloso é uma estrutura que une os dois hemisférios cerebrais, além de ser responsável pela troca de informações entre eles. É uma estrutura muito importante para as funções motoras, para as funções que envolvem a fala, para as funções psíquicas e para funções cerebrais que envolvem os nossos sentidos.

    A Agenesia do Corpo Caloso é uma desordem do neurodesenvolvimento, que se caracteriza pela ausência parcial ou total do Corpo Caloso. O quadro clínico de pacientes com esse diagnóstico é muito variado.

    Sinais e sintomas mais frequentes: Atraso global do desenvolvimento: alterações motoras, no tônus muscular, na coordenação, no equilíbrio; Alterações nas funções reflexo-vegetativas-orais; Atraso de fala e linguagem; Ocorrências de crises convulsivas; Anomalias faciais; Micrognatia (mandíbula menor que o normal) Anomalias oculares Deficiência intelectual Paralisia cerebral Dificuldades na aprendizagem

    Possíveis causas: Síndrome de Aicardi Infecções pré-natais maternas (como a Rubéola) Anomalias cromossômicas ou genéticas Condições metabólicas tóxicas

    O trabalho fonoaudiológico com o Método Padovan promoverá: Adequação das funções motoras globais Adequação das funções reflexo-vegetativas orais; Melhora na produção de fala e linguagem; Compreensão e realização de comandos simples; Melhor compreensão e domínio das funções cognitivas e de aprendizagem

    O trabalho fonoaudiológico pelo Método Padovan, realizado exclusivamente de forma presencial, viabiliza uma melhor comunicação entre os neurônios e permite uma melhor condução dos impulsos nervosos, promovendo o que chamamos de Neuroplasticidade. Rotas sinápticas alternativas se estabelecem para suprir e adequar essa comunicação. Essa condição que responde pela melhora em tantas funções, como as citadas acima.

    Agenesia do Corpo Caloso
  • Microcefalia

  • Alterações Dentárias Relacionadas ao Mau Funcionamento dos Órgãos Fonoarticulatórios