No Brasil há cerca de 1,2 milhão de pessoas diagnosticadas com a Doença de Alzheimer.
A doença, descrita pela primeira vez em 1906 pelo psiquiatra alemão Aloysius Alzheimer (1864-1915), se apresenta como demência ou perda de funções cognitivas (memória, orientação, atenção e linguagem), causada pela morte de células cerebrais.
Importância do Diagnóstico
Quando diagnosticada no início, é possível retardar o avanço da Doença de Alzheimer e ter mais controle sobre os sintomas, o que garante uma melhor qualidade de vida tanto para o paciente quanto para a família. Apesar de ser caracterizada pela piora progressiva dos sintomas, é importante destacar que muitos pacientes podem apresentar períodos de maior estabilidade ao longo do tempo.
Fases da Doença de Alzheimer
A evolução dos sintomas da Doença de Alzheimer pode ser dividida em três fases distintas: leve, moderada e grave. Durante cada uma dessas fases, os sintomas e os desafios enfrentados pelos pacientes e seus cuidadores podem variar significativamente.
Fase leve da Doença de Alzheimer
Nesta fase, a dependência de outras pessoas se torna mais acentuada, com a necessidade de assistência para a higiene pessoal e autocuidados. A comunicação também é afetada, manifestando-se como uma maior dificuldade para falar e se expressar com clareza. Alterações de comportamento, como agressividade, irritabilidade e inquietação, tornam-se mais frequentes.
Além disso, podem surgir ideias sem sentido, como desconfiança e ciúmes, e até mesmo alucinações, como ver pessoas ou ouvir vozes de indivíduos que não estão presentes. Esses sintomas adicionais podem aumentar o desafio de lidar com a doença tanto para o paciente quanto para seus cuidadores.
Fase grave da Doença de Alzheimer
E já na fase grave da Doença de Alzheimer, tornam-se evidentes prejuízos ainda mais graves na memória. Os pacientes apresentam uma incapacidade quase total de registrar novas informações e uma dificuldade extrema na recuperação de dados antigos. Isso se reflete no reconhecimento de parentes, amigos e locais conhecidos.
Além disso, surgem desafios adicionais, como a dificuldade para se alimentar, muitas vezes associada a problemas de deglutição. A compreensão do que acontece ao redor do paciente torna-se extremamente difícil, assim como a orientação dentro de casa.
Nesta fase avançada, é comum ocorrer incontinência urinária e fecal, adicionando mais complicações ao quadro clínico. Também é observada uma intensificação de comportamentos inadequados, o que pode tornar ainda mais desafiadora a prestação de cuidados ao paciente.
Há tendência de prejuízo motor, que interfere na capacidade de locomoção, sendo necessário auxílio para caminhar. Posteriormente, o paciente pode necessitar de cadeira de rodas ou ficar acamado.
Obs.: essa divisão em fases tem caráter meramente didático e, muitas vezes, sintomas classificados em diferentes fases se mesclam em um mesmo período.
Tratamento:
Os Avanços da Medicina
As pesquisas têm progredido na compreensão dos mecanismos que causam a doença e no desenvolvimento de drogas para o seu tratamento, cujos objetivos são aliviar os sintomas existentes, estabilizando-os ou, ao menos, permitindo que boa parte dos pacientes tenha uma progressão mais lenta da doença, conseguindo manter-se independentes nas atividades da vida diária por mais tempo. Um outro objetivo importante é melhorar a qualidade de vida do paciente. Os avanços da medicina têm permitido que os pacientes tenham uma sobrevida maior e uma qualidade de vida melhor, mesmo na fase grave da doença, porém, não existe cura para a Doença de Alzheimer.
Especialistas podem indicar apoio em cada fase da doença para minimizar problemas, orientar a família, favorecer a superação de perdas e enfrentar o processo de adoecimento, mantendo qualidade de contato e relacionamento. Muitos profissionais cuidam de pessoas com Doença de Alzheimer, incluindo médicos, como neurologistas, geriatras, psiquiatras ou clínicos gerais, além de outros profissionais de saúde, como psicólogos, enfermeiros, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, nutricionistas, educadores, educadores físicos, assistentes sociais e dentistas.
Método Padovan e a Doença de Alzheimer
O Método Padovan desempenha um papel crucial no trabalho de estimulação Neurofuncional, contribuindo significativamente para uma melhor integração sináptica. Por meio da recapitulação das fases do desenvolvimento, o método proporciona ao paciente melhorias nos comandos motores, tanto globais quanto finos, assim como na marcha e no equilíbrio. Além disso, visa aprimorar as Funções Reflexo-vegetativas-orais, incluindo a respiração, sucção, mastigação e deglutição, além da fala e linguagem.
Adicionalmente, o Método Padovan também se concentra no aprimoramento da atenção, concentração e memória do paciente, abordando aspectos essenciais para a qualidade de vida e independência. Ao proporcionar uma abordagem abrangente e integrada, o método visa não apenas mitigar os sintomas, mas também promover o bem-estar geral do indivíduo.
Fontes:
Alheimer’s Disease International – ADI https://www.alz.co.uk/
Associação Brasileira de Alzheimer http://abraz.org.br/web
Federação Médica Brasileira http://portalfmb.org.br/2017/09/21/21-de-setembro-dia-mundial-da-doenca-de-alzheimer/
Fga. Fabiana Conde Klann
Especialista em Motricidade Orofacial pelo Método Padovan de Reorganização Neurofuncional
(11) 9.7229-8534
(11) 3596-6407